O escritório e a vida do trabalho estão completamente mudados, e isso deve ser permanente.
Um ano depois do inicio da pandemia, estamos começando a ter um entendimento melhor da transformação radical que os negócios ao redor do mundo sofreram e continuam sofrendo.
Há muito tempo se falava de trabalho remoto, de novas maneiras de realizar as atividades utilizando a tecnologia. Mas apenas com a pandemia foi possível acelerar a mudança que estava no horizonte.
Um consenso começa a surgir de que, nessa área, aceleramos mais de 5 anos em 2020.
Essa transição reverberou em diversos setores, e vale refletir sobre seus efeitos.
O potencial de termos menos deslocamentos pela cidade, e em consequência menos carbono e poluição na atmosfera. A capacidade de trabalhar em qualquer lugar do mundo, ou de contratar pessoas de qualquer lugar. A ênfase em comunicação assíncrona, e a capacidade de registrar muito melhor as atividades de projetos. A possibilidade de criar projetos colaborativos envolvendo grupos muito maiores, mantendo e até aumentando a produtividade.
Novas tecnologias, novas práticas, e novas regras de convívio no trabalho demandam novos hábitos, uma dedicação diferente, mais disciplina em muitos casos, e novas métricas para avaliar o desempenho.
O desafio para as empresas é manter as pessoas engajadas, para não perder a conexão que se tem no formato presencial. E, com o tempo, surge um novo modelo híbrido, em que o equilíbrio é a tônica, e onde os profissionais controlam quando, onde e como vão trabalhar para ter mais eficiência e eficácia.
As consequências positivas são várias.
Alguns exemplos: locais de trabalho com mais equidade, onde as empresas podem dar oportunidades iguais para quem mora longe ou perto, e readequar os espaços para maior conforto.
Aumento da produtividade e resiliência das empresas. Segundo um estudo da Flexjobs, 95% das pessoas que puderam fazer trabalho remoto tiveram desempenho igual ou superior ao do formato presencial.
E, além de tudo isso. A melhoria da qualidade de vidas nas cidades, com menos deslocamentos, melhora o trânsito e diminui a poluição. E as pessoas podem ter mais tempo para atividades de lazer.
As prioridades das prefeituras podem evoluir para mais espaços de convívio, em vez da prioridade em vias para automóveis.
Cabe aos gestores das empresas e do poder público captar essa oportunidade e efetivamente transformar a realidade do futuro.
D.J. Castro
Estrategista de Marcas, Consultor de Marketing
Nexia Branding